O retorno é difícil, mas necessário!
Quando foi que me perdi de mim? Em que momento desisti pelo
caminho? O que me fez cair? Questões que talvez ainda não consiga responder. O
importante é que ressurgi. Depois de um longo período mergulhado em um emaranhado
de sensações, sem conseguir colocar no papel aquilo que me
agoniava, diante de feridas abertas e sangrando que agora começam a cicatrizar lentamente. Diante de tanta dor e inercia, senti que
precisava voltar. Busco folego e força, me ergo diante da dor, lutando com o caos
que ainda carrego dentro de mim. E a cada
sensação nova, a cada novo desafio me
fortifico e tomo coragem para seguir em frente. Aos poucos me olho e me
reconheço, busco dentro de mim a beleza de viver, de sentir e desejar coisas
nunca imagináveis. O sol volta a brilhar e a queimar aqui dentro, derretendo e
aquecendo sentimentos a tempos petrificados. Estou viva! Posso sentir o fluir
da vida percorrendo meus poros, posso ouvir as batidas aceleradas do meu
coração... Um coração que tem pressa, que pulsa me impulsionando a seguir.
Sempre em frente...