por Beatriz Torres | 25/02/2013
A
Autonomia da Decisão
No último século nós
mulheres conquistamos nossa liberdade, autonomia e direitos específicos. Somos
belas, guerreiras, inteligentes, modernas e sentimentais. Tornamo-nos mulheres
biônicas, queremos cuidar de tudo e de todos. A feminilidade ainda carrega o estigma
da fragilidade, algumas querem manter isto, ou não, entretanto cada vez mais
mulheres sofrem por não saber o que fazer com tudo que conquistaram. Assumimos
vários papéis. Nos dividimos em filhas, mães, esposas, companheiras,
profissionais e chefes de família. No momento em que é preciso escolher qual
papel é o mais importante a se desempenhar, inicia-se a fragmentação da
identidade, do eu, da personalidade – Porque somos “livres” ou porque somos
expostas a influências externas em que os comportamentos tendem à padronização.
Hoje há respostas para tudo, soluções para tudo. Se não estamos satisfeitas com
o corpo, com o conhecimento adquirido, com o relacionamento afetivo, sexual ou
profissional, tudo têm jeito, tudo pode ser mudado ou consumido. Cria-se uma
felicidade adquirida sobre os anseios de satisfação ao modo de vida, as
possibilidade de sentirmos alegria, contentamento e prazer, ainda que tais
aspirações nem sempre sejam plenas por si, mas efêmeras e artificiais, já que a
utopia da vida feliz não exclui os contratempos, tristezas, desventuras e
desencontros.
Essa vivência do
pós-moderno implica escolhas que dificilmente promovem a satisfação total, como
no caso (não tão hipotético) “escolher entre ir ao cinema visitar o Lázaro
Ramos e o Brad Pitt ou terminar o relatório para a reunião de segunda-feira”, o
velho impasse dos “prazeres ou afazeres” – Fazer escolhas sempre nos deixa
insatisfeitos de uma forma ou outra, seja pela condenação a liberdade de Sartre
ou porque simplesmente nossos desejos não são compatíveis com as convenções do
cotidiano.
A autonomia da decisão é o que nos permite traçar nosso próprio projeto de vida. Isto é, refletir sobre nossas experiências pessoais, nossos sonhos e anseios: Ser consciente sobre o que realmente dá sentido a nossas escolhas. Tal como o filósofo francês Robert Misrahi em seu ensaio sobre “a experiência do ser”:
“Nessa experiência, o sujeito não é mais fragmentado ou dispersado entre diversas personalidades (que opõem, por exemplo, a vida profissional e a criação, a atividade estética, a relação burocrática e a relação autenticamente pessoal). Ele se encontra, ao contrário, unificado, ao mesmo tempo em que unifica essas diversas atividades por seu propósito existencial principal.
[...] É esse prazer existencial e consciente de ser e de existir como sujeito e como vida que chamamos de alegria.”
Somos mulheres, não podemos nos deixar fragmentar diante das atribuições que assumimos. Somos inteiras, complexas, inacabadas. Temos desejos, fazemos escolhas, acertamos e erramos, e são com nossas experiências que nos tornamos únicas.
A autonomia da decisão é o que nos permite traçar nosso próprio projeto de vida. Isto é, refletir sobre nossas experiências pessoais, nossos sonhos e anseios: Ser consciente sobre o que realmente dá sentido a nossas escolhas. Tal como o filósofo francês Robert Misrahi em seu ensaio sobre “a experiência do ser”:
“Nessa experiência, o sujeito não é mais fragmentado ou dispersado entre diversas personalidades (que opõem, por exemplo, a vida profissional e a criação, a atividade estética, a relação burocrática e a relação autenticamente pessoal). Ele se encontra, ao contrário, unificado, ao mesmo tempo em que unifica essas diversas atividades por seu propósito existencial principal.
[...] É esse prazer existencial e consciente de ser e de existir como sujeito e como vida que chamamos de alegria.”
Somos mulheres, não podemos nos deixar fragmentar diante das atribuições que assumimos. Somos inteiras, complexas, inacabadas. Temos desejos, fazemos escolhas, acertamos e erramos, e são com nossas experiências que nos tornamos únicas.
A beleza curiosa da música africana é que ela anima mesmo quando nos conta uma história triste. Você pode ser pobre, pode ter apenas uma casa desmantelada, pode ter perdido o emprego, mas essa canção lhe dá esperança. A música africana é sempre sobre as aspirações do povo africano.
ResponderExcluir~ Frase de Nelson Mandela /música/cul
Sonho com uma Africa em paz consigo mesma.
ResponderExcluir~ Frase de Nelson Mandela /sonhos/