A idéia desse Blog é trocar experiências e discutir sobre as questões raciais e de gênero e tantos os tipos de discriminações existente nessa sociedade de opressores e oprimidos.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Neguinho e Kika
Diretor: Luciano Vidigal
Elenco: Adriano Vidigal, Babu Santana, Jessica Thamires, Rose Haangesen
Ano: 2005
Duração: 18 min
Cor: Colorido
Bitola: Mini-dv
País: Brasil
Neguinho e Kika. Ele tem 13 anos, ela 14. Dois personagens que estão descobrindo o primeiro amor, vivendo uma história de esperança em uma favela do Rio de Janeiro. Kika, uma adolescente romântica, tem um sonho. Certo dia, ela realiza seu sonho, mas o destino trata de lhe trazer uma surpresa.
Texto ou imagem do link aqui
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Nina Simone
Apelido: Nina Simone
Data de Nascimento: 21/02/1933
Origem: Tryon- Carolina do Norte – Estados Unidos
Profissão: Cantora
Gênero: Gospel, Folk, Jazz, R&B, Soul, Blues
Data da morte: 22/04/2003
Nina Simone foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida. Nina Simone também se destacou e foi perseguida por ser negra e por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifistaMartin Luther King.
Casada com um policial nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava.Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963. Nina esteve duas vezes no Brasil, e seu último show ocorreu em 1997 no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu enquanto dormia em Carry-le-Rouet em 2003.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nina_Simone
Nina Simone para mim é bem mais que uma cantora de Blues, bem mais do que uma linda e suave voz que consegui ser doce e forte ao mesmo tempo. Nina Simone para mim é a mais um fio dessa tentativa desesperada de construção de identidade, de resgatar uma historia que me foi negada, de respeito com irmãos e irmãs que lutaram contra o racismo, a violência do corpo e da alma. Nina Simone, assim como tantas outras irmãs também foi oprimida, violentada, espancada, mas lutou com a arma que tinha (sua voz) contra isso. Sua historia assim com tantas outras não pode ser esquecida.
Para mim algumas músicas precisam ser ouvidas com o corpo, a alma e o coração, pois muitas vezes elas trazem na sua melodia lindas historias de vida e de luta.
Gostaria de agradecer a uma amiga muito especial que alimentou meu espírito ao me apresentar Nina Simone. Paloma adoro você!
quarta-feira, 15 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Provavelmente a visão de uma África triste, de pessoas famintas e doentes, pobre, incapazes de lutar por suas vidas, um lugar para se fazer boas ações, serem caridosos (as) ajudando um povo tão frágil e indefeso. Enxergamos a África como um lugar com pessoas dignas de dó e piedade. Quantas vezes não ouvimos frases do tipo: “precisamos levar o desenvolvimento ao Continente africano”, “Que tristeza ver essas pessoas tão famintas e doentes”, “A África é um lugar tão pobre de tudo, não podemos deixar esse povo morrerem”, “Olha filhinha não desperdice comida, pois na áfrica existe um monte de crianças que passam fome!”.
Como podemos nós, um país com a maior concentração de descendentes de africanos desconhecermos nosso continente de origem? Eu disse CONTINENTE e não país como muita gente entende a África. Profissionais acadêmicos prestes a dar aula de Geografia ainda enxergam a África como um país!!!! Como pode um absurdo desses? Até quando mostraremos nas salas de aula a visão de uma África estereotipada, representada como o país do safári, selvagem, exótica, homogênea, sem valor humano, cultural, sem historia, sem vida... Uma África completamente dependente.
O Continente africano não é só fome, miséria e doença. São 54 países independentes. Um continente rico em cultura, arquitetura, paisagens, cores, tradições, historias, cidades, pessoas...
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(Rogério, Thomas, Gnomo, Junior são de São Paulo/SP)
Quem vende sua alma barato é rato
É fato o que tenho dito
Sou preto, e repito
Não me dou ao inimigo
E o rato paga o pato
Ao se vender para o inimigo
Não paga como indivíduo
Mas sim como coletivo
Com sua alma de preto. Paga
Com o seu povo no gueto. Paga
Nas senzalas, nas correntes. Paga
Outrora escravizaram nosso corpo
E a liberdade estava na mente
Hoje escravizam nossa mente
Quando o corpo é independente
Isso na cabeça de meus irmãos, não aceito
Portanto... é por pouco tempo
Com minha lança furo seu sapato
E venho na multidão
Cobrando 500 anos de escravidão
Não sou rato; sou mais um em um milhão
Sou Zumbi, sou Luiz Gama,
sou Malcon X,sou Marcos Garvey
Sou homem preto, mulher preta,
sou jovem, sou criança...
Sou África.
UM LUGAR CHAMADO UMOJA
Umoja é nome de aldeia, de refúgio único de mulheres ultrajadas, de bandeira de liberdade e de fermento de feminismo. Nesse recanto do Quénia os homens entram, mas não mandam. Conheça um feudo feminino onde as mulheres são as únicas senhoras dos seus destinos. Um grupo de quenianas estigmatizadas pela violação sexual fundou uma aldeia onde só elas reinam, dominam e decidem os seus destinos. Os poucos homens que com elas convivem sujeitam-se às regras da submissão ao poder feminino e os que visitam a aldeia fazem-no apenas na condição de parceiros amorosos.